
Os eguns, ou egunguns, são os ancestrais dos negros iorubanos originários da Nigéria que trouxeram para o Brasil o culto
confundido por muitos com o diabo cristão, Exu é incontestavelmente um dos mais populares e conhecidos orixás do candomblé. Possui qualidades e vícios tão característicos que é definido como o mais humano dos orixás.
Ogum, como personagem histórico, teria sido o filho mais velho de Odùduà, o fundador de Ifé. É o deus da guerra e dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Também é o deus do fogo ou aço, em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a enxada, a ferradura, a lança, entre outros.
São duas divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião.
Orixá originário da terra de Ijexá, é genitora por excelência, ligada particularmente à procriação. Deusa das águas doces, reina sobre os rios, também divindade do ouro e dos metais amarelos. Oxum era muito bonita, dengosa e vaidosa, como são, geralmente, as belas mulheres. Ela gostava de panos vistosos, marrafas de tartaruga e tinha, sobretudo, uma grande paixão pelas jóias de cobre.
Oya (Oiá) é a divindade dos ventos, das tempestades e do rio Niger que, em iorubá, chama-se Odò Oya. Foi a primeira esposa de Xangô e tinha um temperamento ardente e impetuoso.
Orixá das águas, deusa do rio Iewá e é um dos orixás mais belos. É santa guerreira, valente. Usa roupas vermelhas, espada e brajás de búzios com palha da costa, além de gostar de pato e pombos.
Erinlè teria tido, com Oxum Ipondá, um filho chamado Lógunède (Logunedé), cujo culto se faz ainda, mas raramente, em Ilexá, onde parece estarem vias de extinção. Tem por particularidade viver seis meses do ano sobre a terra, comendo caça, e os outros seis meses, sob as águas de rio, comendo peixe.
Divindade de origem jeje, mãe de Omolu e Oxumarê, é a mais velha dos orixás femininos e por isso é muito respeitada. É a orixá das águas paradas e mãe de Obaluaê, Ossaim e Oxumarê.
Nasceu em Empê, no território Tapá, também chamado Nupê. Era um guerreiro terrível que, seguido de suas tropas, percorria o céu e os quatro cantos do mundo. É o orixá da varíola e da cura.
Detentor do poder das folhas litúrgicas e medicinais, Ossaim é o orixá da vegetação, cuja presença é fundamental para a vida de qualquer casa de candomblé. É o mestre do mato que comanda as folhas, as medicinais e as litúrgicas. Sem ele, nenhuma cerimônia é possível.
Deus da caça, da fartura e das úmidas florestas. É o caçador invencível que, com seu ofá (arco e flecha), abate os javalis.
Oxalufã era o rei de Ilu-ayê, a terra dos ancestrais, na longínqua África. Ele estava muito velho, curvado pela idade e andava com dificuldade, apoiado num grande cajado, chamado opaxorô.
Oxaguian é oxalá moço. Sempre de branco, usa espada, escudo e mão de pilão. Guerreiro, seu dia da semana é sexta-feira. Gosta de comer cabra e é o dono do inhame.
Oxumaré era, antigamente, o adivinho (babalaô) do rei Oni. Sua única ocupação era ir ao palácio real no dia do segredo, dia que dá início à semana de quatro dias dos iorubás. Ele é o arco-íris, transportador da água entre o céu e a terra.
É a deusa do rio Obá e esposa de Xângo. Guerreira, veste vermelho e branco, usa escudo e lança. Na dança, briga com Oxum que a induziu a cortar uma das orelhas para usá-la na comida de Xangô e com isso manter seu amor.
Ele reside na gameleira branca. É assentado no seu pé, após preparo ritual da raiz, e o tronco é enfeitado com um ojá branco. A relação com esta árvore é comum a várias divindades e exprime sua relação com seus antepassados. Como aluvaiá, tempo carrega para longe os fluídos maléficos. Quando se manifesta os fiéis jogam sobre ele os fluídos que querem se livrar e ele corre para fora do barracão para atirar no mato todo o mau. Às vezes bebe tanto que cai no chão. Cobre-se então com um alà branco e, pouco depois, já recuperado ele ergue-se e volta a dançar. Dança de joelhos no chão e o bravun, ritmo gege, como rangoro. Veste cores fortes, vermelho, azul e verde, às vezes cinza ou marrom e branco e leva uma lança na mão.
Orixá do trovão e da justiça, colérico e atrevido. Na dança, exprimindo a majestade e a dignidade dum rei (Xangô foi rei de Oyó), brande o oxé (machado de duas láminas) e faz o gesto de quem lança sobre a terra as pedras de raio. É orgulhoso, autoritário e generoso.
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