quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

As Lendas



Lenda de: Oxossi é Castigado


Nessa lenda conta que o Orixá Oxossi foi castigado por Olofin. Oxossi um orixá muito cultuado no Brasil, patrono danação Ketu (Candomblé), importante orixá ligado a fartura, conquista, agilidade e astúcia de conseguir aquilo que caça.
Três vezes um caçador chamado Oxossi capturo codornas para comparecer a Olorin e três vezes alguém deixou elas fugirem, as codornas eram para agradar Olofin, deixando Orixá Ososi fazendo papel de bobo.
Quando ele finalmente entregou uma codorna nas mãos do Criador Supremo, foi-lhe dito: ". Faça um pedido e será concedido" O jovem armado com um arco e flechas de sua formidável exclamou com raiva: "Eu quero que a seta passa pelo corações daqueles que roubaram os pombos. "

Em meio a um bosque de bambu escondia Yemú, envergonhada pela indignação que seu filho havia cometido, Ogum. Das suas lágrimas nasceram os rios. Era ela com sua imensa bondade tinha pedido que liberta-se as codornas que ela tinha criado em segredo escondida do pai (Olofin) . A seta atravessou a vastidão do céu e foi direto ao seu coração. 
Olofin ao vê-la cair abatida, imediatamente exclamou e disse: 
- Você matou a minha mulher! Confuso com o sucesso em reconhecer o autor de um crime terrível, o jovem Oxosi pensou: "Eu matei minha mãe", e rápido  partiu  correndo para um esconderijo.

Enquanto isso, o coração da mãe corria um riacho tão forte que os rios cresceram para os mares. 
Oxossi correu por dias até que ele caiu exausto, rendeu-se ao mar. Quando ele acordou, ele ouviu a voz de Yemaja a dizer: "Você precisa de tempo para que as coisas se ajeitem. Enquanto isso, vá ver sua irmã Oxum que mora no rio e lá você irá se esconder. "

Naquela época vivia com Oxum o orixá Inle Oxosi que ensinou os segredos da pesca e da medicina. Assim se passaram vários anos, até que um dia foi Iemajá Oxossi procurando trazê-lo para seu pai. Ochosi curvou-se e pediu desculpas. Olofin declarou:

"Como punição por sua arrogância vai trabalhar sempre com seu irmão Ogum. Tem algo a dizer? 
"Eu só quero que graças a Yemaja e Oxum vai me deixar usar um colar de azul e amarelo. 
"Certo, mas vai usar três búzios para codornas, que nunca esqueça o porque e quando você matou sua mãe.



                          Orixá Oxumarê Serpente e o Arco-iris


Oxumarê Orixá
Orixá Oxumarê vem da religião Africana e representa a serpente (dan) e o arco-íris, que representa a união entre o céu e a terra, o equilíbrio entre os orixás e os homens, também conhecido como Besen. É andrógino e representa a continuidade do movimento, e riqueza. Filho deNana Buruku, irmão e ObaluayeIroko e Yewá. Seu culto provém de território Yewe, este atingiu o seu auge no século XIX, no culto africano (religião africana) foi perdida devido aos poucos que têm seus segredos. Diz-se que ajudou a curar a cegueira de Olodumare, quando ofereceu residir no Orun (Céu). Suas cores são relacionadas com  de Oya e é adorado por Yemaya. Também tem Babalawos que ainda preservam seu culto. Suas Elekes (Delogun ou Colares) são feitos com sete contagens transparente amarelo intercaladas com 11 e 11 de ouro.

BORI

O QUE È BORI
A palavra bori se traduz como: Dar Comida à cabeça. Bo = comer, Ori = cabeça. Esta é uma obrigação à qual podem receber toas às pessoas, iniciadas ou não. Dependendo da situação e do que solicita o orixá de cada um.




 OFERENDA



















A palavra bori se traduz como: Dar Comida à cabeça. Bo = comer, Ori = cabeça. Esta é uma obrigação à qual podem receber toas às pessoas, iniciadas ou não. Dependendo da situação e do que solicita o orixá de cada um.

Esta obrigação Constitui-se basicamente de recarregar as energias da pessoa fazendo com que toda a carga negativa existente em sua áurea seja substituída por uma positiva. Dependendo de cada situação, podem ocorrer formas variadas de bori e de sacrifício de aves para o Orixá. Em nosso dia a dia, convivemos com situações várias, e que nos colocam em contato com energias que na maioria das vezes em nada são benéficas.
Com os iniciados na religião esta obrigação é realizada uma vez por ano, ocasião que o iawô, recolhe-se por um período de 12 horas, se não for obrigação de feitura, podendo chegar até mesmo há três dias. Neste caso o bori unifica-se com a obrigação de seu tempo de feitura. Estas obrigações são de: 01, 03, 07,14 e 21 anos após sua iniciação. Antes do recolhimento, a pessoa passa por uma sessão de limpeza (ebó ou sacudimento), destinada a retirar as forças inferiores que possam estar junto dele, e neste recolhimento, se oferece, vários tipos de comidas, desde o feijão preto e o inhame cará de Ogum até o ebô (canjica branca) de Oxalá. Nesta ocasião o sacerdote sacrifica aves pré-determinadas pelo Orixá da pessoa, a fim de que esta possa ter mais um ano de vida, alegria, saúde e conquistas em sua vida. Em caso de obrigação grande são oferecidos os chamados bichos de quatro pés, e estes variam de acordo com a qualidade e a solicitação de cada Orixá.
Para os que não são iniciados, esta obrigação varia muito, dado que cada pessoa tem um problema e assim sendo a solução do mesmo difere. Temos o bori de misericórdia, no qual são oferecidos apenas comidas brancas para Oxalá e Yemanjá, e os sacrifícios, constituídos apenas de aves destes santos.
Os antigos africanos acreditavam na força dos elementos da natureza, tanto como parte ativa da nossa existência, como para nos reabastecer de forças positivas que se bem direcionadas, vão nos levar ao alcance de muitas vitórias na vida terrena. Um dessas forças era a comida. Acreditava-se que os ancestrais ao se transladarem para o Orúm (céu), levariam consigo as experiências adquiridas na terra, e em um futuro poderiam aqui retornar para nos auxiliarem de forma direta em vários aspectos de nossas vidas.
Os Africanos possuíam uma filosofia muita a quem das demais seitas e filosofias existentes. Para eles, tudo na natureza possui vida, até mesmo as pedras, e como tais esses elementos são dignos de respeito e proteção. Possuíam desde tempos remotos, uma concepção de proteção à natureza e esta foi passada de pai para filho, tanto que é muito comum nos barracões de Candomblé, existirem uma variedade de flora que surpreende a todos que ali chegam. As comidas oferecidas em obrigações de santo são comumente jogadas dentro de rios e lagos após serem suspensas da mesa do Orixá. O fato de estas comidas serem ali despejadas reflete-se na preocupação com a continuidade da vida. Sabemos que nossos antepassados preocupavam-se com a vida e a preservação da natureza, assim ao despejarem estes alimentos na água, era sua preocupação apenas alimentar os peixes que ali habitam, garantindo assim a continuidade da vida.
Este fator também está evitando o desperdício de alimento. Dentro da casa de uma pessoa iniciada, é verdadeiro tabu desperdiçar o alimento, seja de que forma for. Assim, é comum a divisão da comida de bori entre as pessoas que ali estão, afinal além de não desperdiçar, estariam todos participando daquele banquete, ocasião que aproveitariam o axé deste santo. Nada se desperdiça em uma roça de santo, até mesmo os resíduos que não servem para ser aproveitado para nada, como certas partes dos animais, são enterrados e não jogados no lixo, temos uma concepção de que tudo que se oferece ao santo é sagrado, e assim até mesmo as partes que de forma alguma servem para serem ingeridas, poderão ser utilizadas como adubo natural para a terra, assim ao enterramos estas partes, estaremos dando continuidade ao que nos foi passado por nossos antepassados: na natureza tudo se aproveita, nada se desperdiça.

Os Orixás e Suas Ervas

Um fator importantíssimo na formação de um sacerdote é o conhecimento das INSABAS, (ervas sagradas), pois que sem elas, não podemos realizar nada dentro do axé orixá. Delas dependemos desde a realização de um ebó até a feitura de um yawô, como até mesmo no preparo de um corpo para ser sepultado. Mas estas ervas são de uma complexidade muito grande, pois que umas servem para vários orixás, outras tão somente para algumas qualidades. As ervas de Nanã e Omulú, por exemplo: JAMAIS podem ser usadas em pessoas de alguns santos. Já existem outras que apanhadas de manhã bem cedo, são para um determinado fim, de tarde para outros, e assim por diante. Ainda existem aquelas que não podem ser utilizadas em hipótese alguma por qualquer que seja a qualidade do orixá dado a serem ervas de egum, exú e assim por diante. Algumas destas ervas proibidas no axé orixá são:

Folha de amora por ser erva de egum e não de santo como dizem alguns,
Folha de fogo,
Folha de canssanção
Urtiga
Pinhão roxo
Folha de carambola
Folha de jamelão
Folha de corredeira e assim por diante.

É necessário que um zelador tenha profundo conhecimento das insabas para que ao preparar um banho, por exemplo, não venha a destruir a vida das pessoas. As ervas são a natureza viva, e como tal, sua força é pura, ou como dizemos normalmente: “uma força bruta”, esta força é totalmente independente da vontade do homem, ou jamais será manipulada por ele, a não ser para seu uso diário, assim, devemos estar bem conscientes de nossas atitudes, dado que estas forças uma vez invocadas, atuarão na vida das pessoas podendo causar malefícios ou benefícios, e isso se dará de conformidade com o uso que fazemos dela. Assim é imprescindível que as cultuemos que zelemos pela natureza para que possamos sempre estarmos utilizando de suas riquezas. E que aprendamos corretamente o uso das Insabas antes de utilizá-las. Faz-se necessário também que nós do axé orixá, nos empenhemos no combate ao desmatamento, e qualquer outra coisa que venha a destruir a natureza, pois basta que lembremos que nossos santos, governam esta natureza e, que sem ela, não TEREMOS COMO CONTINUAR a praticar esta religião tão maravilhosa.

Assim, passamos a seguir a discriminar algumas ervas de cada orixá:

Folhas de Ogum:
Folha de dendezeiro
Junça (espada de S. Jorge)
Folha de jurubeba
Abre caminho
Gervão
São gonçalinho
Folha de canela
Eucalipto (não se usa em banhos)

Oxossi
Chapéu de couro
Alecrim da horta
Aroeira
Pitanga
Alfavaquinha
Pariparóba (capeba)
Cinco folhas
Lança de Ogum
Folha de coqueiro
Taquarinha
Dinheiro em penca

Ossanha ou Agué
Castanheira (amendoeira)
Folha de fumo (não se usa em banhos)
Erva de passarinho (não se usa para banho)
Alfavaca
Manjericão
Vassourinha
Essas são algumas das ervas que se usa em Agué, uma vez que por ser ele o dono das folhas são utilizadas praticamente todas as ervas para este santo.

Oxum Marê
Rama de batata doce (não se usa em banhos)
Folha de bananeira (não se usa em banhos)
Melão de S. Caetano (não se usa em banhos)
Jibóia (não se usa em, banhos)
Taioba (não se usa em banhos)
Erva de passarinho (não se usa em banhos)
Capeba (Pariparóba)

Omulú/ Obaluayê:
Canela de velho
Assa peixe
Alfavaca
Jarrinha (não se usa em banhos)
Taioba (não se usa em banhos)
Cordão de frade
Taquarinha
Aroeira (só pertence a este santo em determinados horários)

Tempo:
Castanheira (não se usa em banhos)
Boldo 
Canela de velho
Palmeira (não se usa em banhos)
Alecrim
Cana de macaco
Manjericão
Aroeira (seguindo o mesmo horário de Omulú)

Xangô:
Akôkô
Betis cheiroso
Sucupira
Elevante
Folha de quiabo
Gameleira

Logum Edé
Chapéu de couro
Oriri
Colônia
Alecrim da horta
Manjericão
Alfazema
Patióba
Alfavaquinha

Oyá:
Para raio (não se usa para banho)
Folha de manga espada
Eucalipto (não se usa em banhos)
Erva prata
Catinga de mulata
Perecum vermelho (somente se usa em determinados banhos)
Malva cheirosa

Oxum:
Manjericão
Colônia
Oxubatá (não se usa em banho) 
Sândalo
Erva de Santa Luzia (não se usa em banhos)
Capeba
Oriri

Yemanjá:
Brilhantina
Cana do brejo
Imbaúba (não se usa em banhos)
Saião
Colônia
Folha de algodão
Trançagem
Betis cheiroso

Nanã: 
Negramina
Assa peixe
Taioba (não se usa em banho)
Taquarinha (só pertence a este santo em determinado horário)
Cordão de frade (não se usa em banhos)
Jarrinha (não se usa em banhos)
Alfavaca
Mostarda

Oxalá:
Boldo
Saião
Colônia
Folha de algodão
Poejo
Trançagem
Melão de S. Caetano

Como dissemos, estas são apenas algumas das ervas que cultuamos dentro do axé orixá. É de suma importância que observemos os horários em que vamos tirar as insabas, uma vez que podemos ter um aproveitamento inadequado e dependo de qual orixá, os riscos poderão ser irreparáveis. Muito importante também é sabermos as rezas para se retirar as ervas, o que damos para agué, o que faremos com elas ao chegarmos ao barracão. 
Estes são procedimentos indispensáveis ao manuseio das ervas sagradas. Cada orixá, como já dissemos, possui suas ervas, mas como sabermos ao certo? É necessária uma convivência com nosso (a) zelador (a), para que possamos aprender o uso correto delas. Nossos orixás são: paz, amor, perdão, e para tanto devemos obedecer às regras que existem em toda sua iniciação bem como na utilização de seus favores.
Se nossos orixás são: paz, amor e perdão, também são seres que já viveram nesta terra, e como tais, precisam de sabedoria nossa ao lidar com tudo que lhes diz respeito. Se ao lidarmos com determinado fator dentro de nosso axé, não sabemos exatamente o que fazermos, é imprescindível que peçamos auxílio a uma pessoa mais velha, e que por estar a mais tempo nesta prática, saberá como nos orientar. E um desses imprescindíveis auxílios, é justamente o uso das ervas sagradas aos orixás.
É comum vermos pessoas utilizando algumas ervas, mas sem o devido conhecimento de seus segredos. E basta um banho com uma erva imprópria ao orixá e danificamos e em muito a vida daquela pessoa. Como pudemos observar mais acima, existem ervas que não são utilizadas em banhos, e tão somente por serem ervas QUENTES e acabariam assim por esquentar muito o ori da pessoa. Fazendo com que seu anjo da guarda fique de tal forma agressivo, que poderá ao invés de ajudar, levar prejuízos a aquele ser.
 

Os Orixás e Suas Qualidades

Sobre a multiplicidade dos orisa. 


Vamos separar a qualidade como é chamada no Brasil (em Cuba chama-se caminhos), dos títulos e de nomes tirados de cantigas como insistem pseudo sacerdotes. Já sabemos que os orisa são venerados com outros nomes em regiões diferentes como: Iroko (Yoruba), Loko (Gege), Sango (Oyo), Oranfe (Ife), isso torna o culto diferente. Temos também o segundo nome designando seu lugar de origem como Ogun Onire (Ire), Osun Kare (Kare),etc, também temos os orisa com outros nomes referentes as suas realizações como Ogun Mejeje refere-se as lutas contra as 7 cidades antes dele invadir Ire, Iya Ori a versão de Iyemanja como dona das cabeças, etc. Há portanto uma caracterização variada das principais divindades, ou seja, uma mesma divindade com vários nomes e, é isso que multiplica os orisas aqui no Brasil.

Vamos começar com Esu o primogênito orisa criado por Olorun de matéria do planeta segundo sua mitologia, ele possui a função de executor, observador, mensageiro, líder, etc. Alem dos nomes citados aqui que são epítetos e nomes de cidades onde há seu culto, ele será batizado com outros nomes no momento de seu assentamento, ritual especifico e odu do dia. Não será escrito na grafia Yoruba para melhor entendimento do leitor.

Oba Iangui : o primeiro, foi dividido em varias partes segundo seus mito.

Agba: o ancestral, epíteto referente a sua antiguidade.

Alaketu: cultuado na cidade de ketu onde foi o primeiro senhor de ketu.

Ikoto: faz referencia ao elemento ikoto que é usado nos assentos esse objeto lembra o movimento que esu faz quando se move do jeito de um furacão.

Odara: fase benéfica quando ele não está transitando caoticamente.

Oduso: quando faz a função de guardião do jogo de búzios.

Igbaketa: o terceiro elemento, faz alusão ao domínios do orita e ao sistema divinatório.

Akesan: quando exerce domínios sobre os comércios.

Jelu: nessa fase ele regula o crescimento dos seres diferenciados. Culto em Ijelu.

Ina: quando e invocado na cerimônia do ipade regulamentando o ritual.

Ona: referencia aos bons caminhos, a maioria dos terreiros o tem, seu fundamento reza que não pode ser comprado nem ganhado e sim achado por acaso.

Ojise: com essa invocação ele fará sua função de mensageiro.



Eleru: transportador dos carregos rituais onde possui total domínio.

Elegbo: possui as mesmas atribuições com caracterizações diferentes.

Ajonan: tinha seu culto forte na antiga região Ijesa.

Maleke: o mesmo citado acima.

Lodo: senhor dos rios, função delicada dado a conflitos de elementos

Loko: como ele é assexuado nessa fase tende ao masculino simbolizando virilidade e procriação.

Ogiri Oko: ligado aos caçadores e ao culto de Orumila-Ifa.

Enugbarijo: nessa forma esu passa a falar em nome de todos os orisas.
Agbo: o guardião do sistema divinatório de Orumila.

Eledu: estabelece seu poder sobre as cinzas, carvão e tudo que foi petrificado.



Olobe: domina a faca e objetos de corte é comum assenta-lo para pessoas que possuem posto de Asogun.



Woro: vem da cidade do mesmo nome.



Marabo: aspecto de esu onde cumpre o papel de protetor Ma=verdadeiramente, Ra=envolver, bo=guardião. Também chamado de Barabo= esu da proteção, não confundi-lo com seu marabo da religião Umbandista.

Soroke: apenas um apelido, pois a palavra significa em português aquele que fala mais alto, portanto qualquer orisa pode ser soroke.



Ogún, Òsòósí e Ode lembrando que nem todos caçadores tomaram o titulo de Òsòósí e, na África, Òsòósí em certas regiões é feminino tomando o aspecto masculino no antigo reino de Ketu. Ode que dizer caçador, porém, nem todos Ode's são Òsòósí; Ijibu Ode, Ikija, Agbeokuta, são alguns lugares onde houve seu culto, pois seu culto, expandiu-se mesmo aqui no Brasil onde ele é lembrado como rei de Ketu, Ogún em outro aspecto foi chefe dos caçadores (Olode) entregando essa função mais tarde para seu irmão caçula Òsòósí para partir em buscas de suas inúmeras batalhas.
Já em certas mitologias o caçador passa a ser sua esposa Òsòósí L`Obirin Ogun, ou seja, Òsòósí é a esposa de Ogún, segundo o verso desse mito. 

Isso afirma o chamado enredo de santo aqui no Brasil quando se diz que para assentar Òsòósí temos que assentar Ogún e vice versa. Era costume africano quando os caçadores tinham que partir em busca de suas presas, louvarem Ogún para que tudo desse certo, de òrìsà secundário na África Òsòósí, passou a uma condição importantíssima no Brasil sendo òrìsà patrono da nação Keto, senhor absoluto da cerimônia fúnebre do asesé, alguns cânticos fazem alusão a essa condição: Ode lo bi wa, ou seja, o caçador nos trouxe ao mundo. Eis alguns nomes de Ogún/Òsòósí/Ode conhecidos, sobretudo no Brasil e seus aspectos, características, origem e particularidades:

Ogún Olode: epíteto do òrìsà destacando sua condição de chefe dos caçadores.

Ogún Je Ajá ou Ogúnjá como ficou conhecido: um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães como oferendas, um de seus mitos o liga a Osagìyán e Ìyémojá quanto a sua origem e como ele ajudou Osalá em seu reino fazendo ambos um trato.

Ogún Meje: aspecto do òrìsà lembrando sua realização em conquistar a sétima aldeia que se chamava Ire (Meje Ire) deixando em seu lugar seu filho Adahunsi.

Ogun Waris: nessa condição o òrìsà se apresenta muitas vezes com forças destrutivas e violentas. Segundo os antigos a louvação patakori não lhe cabe, ao invés de agradá-lo ele se aborrece. Um de seus mitos narram que ele ficou momentaneamente cego.

Ogún Onire: Quando passou a reinar em Ire, Oni = senhor, Ire = aldeia.



Ogún Masa: Um dos nomes bastante comum do òrìsà, segundo os antigos é um aspecto benéfico do òrìsà quando assim ele se apresenta.

Ogun Soroke: apenas um apelido que Ogún ganhou devido a sua condição extrovertida, soro = falar, ke= mais alto. Nossa historia registra o porque o 

chamam assim.

Ogún Alagbede: nesse aspecto o òrìsà assume o papel de pai do caçador e esposo de Ìyémojá Ogunte (uma outra versão de Ìyémojá) segundo um de seus inúmeros mitos.

Há vários nomes de Ogún fazendo alusão a cidade onde houve seu culto como Ogún Ondo da cidade de Ondo, Ekiti onde também há seu culto, etc. O òrìsà possui vários nomes na África como no Brasil e com isso ganha suas particularidades e costumes.




Ode/Ososi.

Há uma síntese sobre esse orisa na edição anterior, eis então suas várias formas de se apresentar:

Ososi akeran = um titulo do orisa;

Ososi Nikati = um de seus nomes;

Ososi Golomi = um de seus nomes;

Ososi Fomi = um de seus nomes;

Ososi Ibo = um de seus mitos o liga a Ossaniyn;

Ososi Onipapo = um dos antigos, tem culto a mais de um século no país;

Ososi Orisambo = possui seu assentamento diferente dos demais;

Ososi Esewi/Esewe = seu mito o liga a Ossaniyn e as vezes a Osala segundo os "antigos";

Osossi Arole = uns de seus epítetos;

Ososi Obaunlu = segundo registro há um assentamento deste orisa aqui no Brasil desde 1616 no ase de D.

Olga de alaketu, é considerado o patrono de ketu;

Ososi Beno = um dos mais antigos, detalhe tem assento aqui em São Paulo, cidade considerada emergente para tradições do candomblé Keto, com poucas casas antigas.

Ososi DanaDana = aquele que ateou fogo ou roubou, um epíteto dos mais perigosos dado ao caçador.

Ode Wawa = epíteto do caçador;não se tem notícia do seu culto no Brasil;

Ode Wale = epíteto do caçador, não se tem notícia de seu culto no Brasil;

Ode Oregbeule = é um Irunmale, portanto acima do orisa foi um dos companheiros de Odudua em sua chegada na terra segundo sua mitologia;

Ode Otin = outro caçador confundido com Ossosi, sua lenda o identifica ora como uma caçadora ora como um caçador, contudo sua ligação com Ossosi é fato, Otin se apresenta sempre junto com ele a ponto de confundi-los;

Ode Karo = um do caçadores que também mora as margens de um rio é irmão de Igidinile.

Ode Ologunede = o chefe de guerra de Ede, titulo ganhado quando seu pai o entregou aos cuidados de Ogún;

Olo = senhor, gun = guerra, Ede = um lugar na áfrica.É filho de um outro caçador chamado Erinle tendo como mãe Osún Iponda. O posto de asogun, a priori, surge desse mito que o liga a Ogún companheiro de seu pai.

Possui outros nomes como Omo Alade, ou seja, o príncipe coroado. Não há qualidades de Logun como acreditam alguns tais como locibain, aro aro, etc., são apenas nomes tirados de cânticos, aliás aro quer dizer tanta coisa menos nome de orisa. O nome Ibain é de um outro caçador homenageado nos cânticos de Ologun, esse caçador inclusive é o verdadeiro proprietário dos chifres tão importantes no culto. Oba L`Oge é um outro nome para esse orisa. É da região de Ijesa;

Ode Erinle = outro caçador confundido com Osossi no Brasil. Seu assento é completamente diferente dos demais, pois Erinle ou Inle é um orisa do rio do mesmo nome, o rio Erinle que corta a região de Ilobu na Nigéria. Encontra-se seus mitos no odu Okaran-Ogbe e Odi-Obara. Sua esposa é Abatan pois é considerado médico e ela enfermeira, seu culto antecede o de Ossayn, o pássaro os representam. Ibojuto é a sua própria reencarnação representado pelo bastão que vai em seu assentamento e tem a mesma importância do Ofa de Ossosi.Tem uma filha chamada Aguta que às vezes se apresenta como irmã ou como filha sendo sua mãe Ainan. Ode Otin se apresenta como sua filha, às vezes e ai é representado por uma enguia. Ainda temos Boiko como seu guardião, Asão seu amigo e Jobis seu ajudante. No Brasil o ligam a Osún e a Iyemanja pois segundo sua lenda é pela boca dela que ele fala, Erinle é um orisa andrógino e considerado o mais belo dos caçadores;

Ode Ibualama = uma outra versão para Erinle quando ele se apresenta mais ao fundo do rio, há um templo com esse nome na África fazendo alusão ao seu fundador. Aliás há vários templos mas todos são de um orisa só: Erinle nessa situação o caçador traça um outro caminho e pactua seus mitos com Omolu, Osumare, Nana,etc. A montagem de seu Igba (cuia) também difere de um simples alguidar com um ofa para cima como é comum as pessoas não esclarecidas assim fazer.



Ossaniyn, Omolu, Oluaye, Osumare, Nanan e Iroko.

Ossaniyn = Também chamado Baba Ewe, Asiba, que são epítetos do orisa. Possui seu próprio sistema divinatório; o orisa exerce suas funções interligadas a Esu composto ao mesmo tempo em que ele. Kosi ewe, kosi orisa: Sem folhas, sem orisa.

Osumare = Chamado Araka seu epíteto. É o orisa do arco-íris e da transformação, não deve ser confundido com o vodun Becem que se apresenta como Dangbe, Bafun, Danwedo todos da família Danbira e cultuados em outra nação.

Omolu / Obaluaye = É como se apresenta o orisa sapata transmutando-se para formas conhecidas tais como: Agoro, Telu, Azaoni, Jagun, Possun, Arawe, Ajunsun, Afoman, etc, cada qual com suas particularidades.

Nanan = apresenta-se nas formas conhecidas como: Iyabahin, Salare, Buruku, Asainan, sem culto no Brasil. É sempre bom lembrar que muitos nomes são de lugares onde se cultua o orisa. Por exemplo: Ajunsun é o Rei de Savalu, assim como Dangbe é o Rei do Gege, portanto são nomes que dão origem as suas formas. :

Iroko = orisa da gameleira (no Brasil), controla a hemorragia humana.


Iyabas  são os orisá feminino.

Oba = orisa guerreira é única em seu aspecto.

Iyewá = orisa guerreira única em seu aspecto.

Osún Opara = a orisa se apresenta jovem e guerreira.



Osún Iponda = jovem e guerreira, da cidade de Iponda.

Osún Ajagura = jovem e guerreira, nação nagô - Oyo, Pernambuco.

Osún Aboto = aspecto maduro da orisa.

Osún Ijimun = aspecto idosa e dada as feitiçarias, ligação com Iami Eleye.

Osún Iberin = aspecto maduro da orisa, nessa forma não desce nas cabeças.

Osún Ipetu = aspecto maduro da orisa.

Osún Ikole = seu mito a liga a Iemanjá e Ode Erinle, transformou-se numa ave.

Osún Popolokun = Conta os antigos que não vem mais, será?.

Osún Osogbo = ela deu oringem ao nome da cidade de Osogbo.

Osún Ioke = Se apresenta como caçadora.

Osún Kare = Um de seus títulos, Kare tem seu próprio nome que poucos conhecem.

Iyeyeo Ominibu = epíteto da Osún.

Iyemoja Ogunte = orisa se apresenta jovem e guerreira.

Iyemoja Iyasesu = assume a maternidade de Sàngó é ranzinza e respeitável.

Iyemoja Saba = uma das formas da mãe.



Iyemoja Maleleo = não se obteve noticias desse aspecto no Brasil.

Iyemoja konla = seu mito conta que ela afoga os pescadores.

Iyemoja Ataramaba = Nessa forma ela está no colo de sua mãe olokun.

Iyemoja Ogunde = aspecto da orisa cultuado no Nagô em Pernambuco.

Iyemoja Iyá Ori = nessa forma ela assume todas as cabeças mortais.

Iyamase = forma de quando ela é definitivamente mãe de Sàngó.

Iyemoja Araseyn = fuxico com Ossayn.

Oyá Leseyen = uma das Igbales que mora no próprio Lesseyen.

Oyá Egunita = orisa Igbale.

Oyá Foman = orisa Igbale.

Oyá Ate Oju = orisa Igbale aspecto dificil de Oyá quando caminha com Nana.

Oyá Tope = uma de suas formas.

Oyá Mesan = um de seus epítetos.

Oyá Onira = rainha da cidade de Ira.

Oyá Logunere = uma de suas formas.



Oyá Agangbele = esse caminho mostra a dificuldade quando a geração de filhos.

Oyá petu = nesse aspecto ela convive com Sàngó.



Oyá Arira = uma de suas formas.

Oyá Ogaraju = uma das mais antigas no Brasil.

Oyá Doluo = eró ossayn; culto Nagô.

Oyá Kodun = eró com Osaguian.

Oyá Bamila = eró Olufon.

Oyá Kedimolu = eró Osumare = Omolu.